Na interlocução, um primeiro
movimento/registro: sobre o processo de criação do artista, seus cadernos de
anotações, cadernos de ideias, leituras, imagens, procedimentos recorrentes. Eleonora
fez questão de pontuar essa instância: ideias não são produto de geração
espontânea, “não são só iluminação”. Ideias artísticas são rede de informações
conectadas, trabalho sistêmico. “Não sei dançar sem ler um livro”, exemplificou
Cláudia.
Seguindo, a pesquisadora propôs um olhar sobre a inserção desse projeto (e da arte) no sistema econômico, refutando a ideia de que a gratuidade da arte em muitos casos seja uma dádiva, que não há (ou deva haver) pagamento para ela. Aí, refletiu-se sobre os sistemas de circulação de projetos/propostas, do cruzamento entre espaços de circulação público e privado que o Dança Contemporânea em Domicílio promove. “Uma conversa entre corpo público e corpo privado”, frisou Eleonora. Esses “dentro e foras” revisam sistemas de relações, borram suas contingências. Afinal, como Claudia diz perseguir em seu trabalho, o fundamental está em ver o público, encontrar com ele, apostar no diálogo possível.
No eco dessas reflexões, alguém da plateia frisou: “Nesse trabalho, o que se move é o artista”.
Mas a noite, produtiva que só, teve mais reflexões pulsantes. Noutro eixo da conversa, falou-se sobre espaços de exibição, estruturas possíveis de circulação, festivais. Cláudia historiou com Dança Contemporânea em Domicílio construiu-se em festivais. Por isso, refletiu Eleonora, é preciso investir em estruturas vivíveis em invisíveis para circulação das novas práticas artísticas. Por isso, é fundamental acreditar nessa coreografia com o público. Pois, se o que se busca também é uma dança que tenha estrutura, é fundamental essa conversa com as pessoas.
Seguindo, a pesquisadora propôs um olhar sobre a inserção desse projeto (e da arte) no sistema econômico, refutando a ideia de que a gratuidade da arte em muitos casos seja uma dádiva, que não há (ou deva haver) pagamento para ela. Aí, refletiu-se sobre os sistemas de circulação de projetos/propostas, do cruzamento entre espaços de circulação público e privado que o Dança Contemporânea em Domicílio promove. “Uma conversa entre corpo público e corpo privado”, frisou Eleonora. Esses “dentro e foras” revisam sistemas de relações, borram suas contingências. Afinal, como Claudia diz perseguir em seu trabalho, o fundamental está em ver o público, encontrar com ele, apostar no diálogo possível.
Então, mais uma instância para
reflexão, a dos ambientes formais e tradicionais e os outros espaços para se
produzir arte, as questões em torno de características de um tipo de obra:
sobre dança com ou sem música, sobre os tipos possíveis de dança. Nesse caso,
Eleonora exemplifica: “um espaço, uma arquitetura, esses banquinhos azuis dançam
a gente, geram uma dinâmica, uma coreografia, nos ritmizam”.
Buscando falas do vídeo, Eleonora
ponderou sobre os benefícios da arte. “... faz as coisas circularem...”, diz
uma das personagens do vídeo. “Essa circulação é saúde”, frisa Eleonora. “Essa
aproximação entre estética e saúde é fundamental, acredita a pesquisadora.
Gerar um corpo é estar em transformação. A arte permite que o humano encontre o
humano.”
Outro fragmento do vídeo: “... a
arte vai a lugares que ninguém vê...”. Mas, no palco, se vê. Mas, de novo,
existem muitas outras frestas possíveis para esta visibilidade. “Em Cláudia, o
cotidiano salta aos olhos”, destaca Eleonora. Por isso, segue ela em seu raciocínio,
um trabalho como Dança Contemporânea em Domicílio, tem a capacidade de “quebrar
a moldura” entre a convenção (do palco, da tela, do museu) e o inovação (da
rua, da barca de Niterói, do banco, da UTI de um hospital - lugares que já tiveram entregas de dança). “A humanidade é a
riqueza”, diz Eleonora.No eco dessas reflexões, alguém da plateia frisou: “Nesse trabalho, o que se move é o artista”.
Mas a noite, produtiva que só, teve mais reflexões pulsantes. Noutro eixo da conversa, falou-se sobre espaços de exibição, estruturas possíveis de circulação, festivais. Cláudia historiou com Dança Contemporânea em Domicílio construiu-se em festivais. Por isso, refletiu Eleonora, é preciso investir em estruturas vivíveis em invisíveis para circulação das novas práticas artísticas. Por isso, é fundamental acreditar nessa coreografia com o público. Pois, se o que se busca também é uma dança que tenha estrutura, é fundamental essa conversa com as pessoas.
Por isso a Pavuna pulsante que
recebeu o projeto não pode mais se pensar como uma (ótima) estrutura e projeto
cultura periférico. Sediado encontro como os de quinta-feira à noite, apostando
na formação de público, e incrementando sua agenda, Pavuna é o centro de novas
e potentes realidades.
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