“Que tipo de poesia você faz?”
Essa foi a pergunta do garoto Renato Habib Costa, 12 anos, assim que assistiu à
exibição de Fora de Campo, sábado, às 15h, no Parque das Ruínas, em Santa
Teresa. Cláudia Müller explicou que a citação sobre poesia, feita numa fala
anterior, se referia a um estudante de 16 anos da Pavuna, que lhe perguntara
sobre método de criação, revelando que faz teatro e tenta escrever poesias.
Fiquei particularmente feliz com a pergunta. Num dos trechos da exibição do vídeo, uma das falas é de que “a poesia está no entre...”. Falam o menino e a senhora, sobre uma poética que, mesmo não explicita, pulsa em Dança Contemporânea em Domicílio. Ela diz respeito ao encontro, à confiança no diálogo, à partilha de desejos e esperança, à aposta nas relações. Brinquei com o garoto dizendo que Cláudia faz, sim, poesia. São versos sobre amizade, urgência, toque, afetos, diálogos, delicadezas, solidão, urgências.
A forma como as entregas emocionam o público é pura poesia. Provocam emoção, acionam lembranças, atiçam desejos e sonhos. Feliz por ter pedido uma dança para seu cabeleireiro, Neilde Barcelos, 51 anos, auxiliar administrativo, moradora da Maré, disse que uma entrega como a proporcionada pelo projeto “é pura alegria”. E continuou:
“Nem todo mundo sabe o que dança contemporânea. Poderia ter mais pessoas para levar dança em qualquer lugar, sem barreiras. Vir a um a comunidade como a Maré foi bacana demais.”
Esse trânsito entre o conceito e a estética, numa ação potente de significados, aciona outros tantos “entres” de Dança Contemporânea em Domicílio. Entre o arrojo e a simplicidade, entre o discurso e a prática, entre a vontade de tocar pela delicadeza e a necessidade de ser agressivamente significativa. Cada movimento, cada fala, cada verso, cada poesia. Afinal, o corpo contemporâneo é o somatório disso tudo e mais.
Fiquei particularmente feliz com a pergunta. Num dos trechos da exibição do vídeo, uma das falas é de que “a poesia está no entre...”. Falam o menino e a senhora, sobre uma poética que, mesmo não explicita, pulsa em Dança Contemporânea em Domicílio. Ela diz respeito ao encontro, à confiança no diálogo, à partilha de desejos e esperança, à aposta nas relações. Brinquei com o garoto dizendo que Cláudia faz, sim, poesia. São versos sobre amizade, urgência, toque, afetos, diálogos, delicadezas, solidão, urgências.
A forma como as entregas emocionam o público é pura poesia. Provocam emoção, acionam lembranças, atiçam desejos e sonhos. Feliz por ter pedido uma dança para seu cabeleireiro, Neilde Barcelos, 51 anos, auxiliar administrativo, moradora da Maré, disse que uma entrega como a proporcionada pelo projeto “é pura alegria”. E continuou:
“Nem todo mundo sabe o que dança contemporânea. Poderia ter mais pessoas para levar dança em qualquer lugar, sem barreiras. Vir a um a comunidade como a Maré foi bacana demais.”
Esse trânsito entre o conceito e a estética, numa ação potente de significados, aciona outros tantos “entres” de Dança Contemporânea em Domicílio. Entre o arrojo e a simplicidade, entre o discurso e a prática, entre a vontade de tocar pela delicadeza e a necessidade de ser agressivamente significativa. Cada movimento, cada fala, cada verso, cada poesia. Afinal, o corpo contemporâneo é o somatório disso tudo e mais.
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